“Goiás não vai receber dejetos radioativos das usinas de Angra dos Reis”. A declaração é do secretário de Meio ambiente de Goiás, Leonardo Vilela, durante o 13º Fica. Ele participa de audiência pública sobre o assunto na Câmara dos Deputados amanhã, dia 16 de junho. No domingo, ele preside uma mesa redonda sobre energia nuclear, com a participação do ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, Fernando Gabeira.
“A posição Governo está tomada: Goiás não aceita lixo nuclear. Nós não vamos admitir de forma alguma que lixo de combustível nuclear atravesse metade do Brasil e seja deposto aqui em Goiás. O lixo tem que ser depositado no lugar onde é gerado”, destaca. Leonardo lembra ainda que o Estado resolveu seu problema com resíduos radioativos no caso do acidente com o Césio 137 e não tentou “empurrar” o material para outros estados, apesar de grande parte da culpa ter sido do Governo Federal - através do Centro Nacional de Energia Nuclear (Cnen) que não monitorou nem acompanhou a desativação da cápsula de Césio.
“Assim como nós não fomos buscar nenhum lugar pra colocar o lixo gerado no nosso acidente, nós não aceitaremos que o lixo atômico gerado pela usina nuclear de Angra dos Reis seja depositado no nosso Estado. Está fora de cogitação. Está decidido e nada muda essa decisão do Governo de Goiás”, certificou.
O lixo gerado pelo acidente de 1987 está guardado no Parque Telma Ortegal, em um depósito, no município de Abadia de Goiás. O parque foi construído, planejado e concebido para abrigar exatamente esse rejeito que está lá em condições de segurança e muito bem monitorado. O secretário expôs que esteve no depósito há dois meses e os técnicos do Cnen estão ali dando todo o suporte científico.
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